OPINIÃO: Os eclipses na Europa


Por,
Augusto Deveza Ramos
Sociólogo



O cenário de incerteza actual na Europa é apenas montagem de gestão a favor da elite europeia, que se tenta perpetuar. O futuro da Europa dependerá cada vez menos da União Europeia e mais das nações, seus eleitores, alianças internacionais e até da meteorologia.


1. Covid Falso

É cada vez mais consensual que o Covid quase nem existiu como 'epidemia', trata-se de um programa que anuncia o fim de um sistema disfuncional, predador e hostil e o reinicio de outro sistema, ainda mais elitista e carcereiro.
Hoje, são centenas, senão milhares, de médicos que denunciam a fraude Covid: números falsos, lobies organizados, mordomias milionárias, médicos despedidos por questionarem a narrativa, médicos enfermeiros e auxiliares são promovidos se aceitarem o embuste. Nos EUA, auxiliares em ambulâncias recebiam 90.000 euros por cada paciente declarado com Covid; e na Alemanha, cada medico que embarcasse no programa era promovido com mais 12.000 euros de salário; na Holanda o orçamento de estado criou, sem critério de seleção, uma elite medica autoritária.
Nos EUA, o CDC, (a mais importante instituição medica norte-americana) disse a verdade: 94% dos casos de morte ditos por Covid aconteceram por co-morbidade (gripe, pneumonia ou até meros acidentes). Médicos de todo o mundo detectaram que os números de infecções por Covid estão estatisticamente alinhados com os padrões normais de gripe de anos anteriores, ou seja, aquilo que foi detectado como Covid serão apenas gripes que médicos, enfermeiros e auxiliares e até pacientes, aceitaram falsificar para obterem palmas do povo ingénuo. A verdade virá ao de cima, demore o que demorar. Para que serviu a mentira? Para isto: preparação global para limitação de direitos, suspensão de constituições, adaptação às vacinas, dinheiro digital, mais globalismo, crescimento artificial da China e implosão da UE.

2. UE moribunda.

Em finais de 2019 a economia da UE já era catástrofe, não foi o Covid que a arruinou. No último trimestre de 2019, os 28 paises do grupo só tinham crescido 0,1%, o pior resultado desde 2013 (ano em que o BCE aumentou as taxas de juro). A narrativa da implosão da economia global em 2020 era conhecida há mais de uma década e a estagnação da UE previsto e planeado desde o inicio do milénio. O sistema globalista causador de crises e austeridades não poderia durar muito. A União Europeia é a prova disso: em Julho de 2019, Júlia Horowitz, da CNN, escrevia que "a Europa vive há uma década em estagnação económica"; segundo a jornalista, a Europa recuperou "mas não reavivou". É uma estagnação que gerou crescente desigualdade não apenas entre os estados membros, entre os ricos europeus do norte e os infelizes paises do sul, mas principalmente entre zonas urbanas e rurais muito mais prejudicadas. Alem disso, a população juvenil é ainda a mais afectada, onde os níveis de desemprego são preocupantes principalmente na Grécia, Itália e norte de Espanha. "Outra década assim e a Europa entra em recessão" comenta Horowitz, que fará aumentar a desigualdade entre paises ricos e pobres e entre zonas urbanas e rurais Para Carsten Brzeski, economista no Dutch Bank na Alemanha, esta situação pode mesmo fragmentar os 19 paises da zona euro e, por fim, o euro.

3. O monstro alemão.

Não só a Europa não estava a funcionar antes da 'epidemia' como não funcionou durante a 'epidemia'. Quando diversos paises europeus reclamaram solidariedade à França e Alemanha estes falharam, não ajudaram. A Alemanha de Merkel foi tão insensível que não apenas recusou ajudar a Itália com ventiladores, como os citados paises centrais aumentaram taxas fiscais a medicamentos que os seus aliados europeus precisavam. Mas não fica por aqui; embora Emanuel Macron tenha proposto uma mutualização da divida europeia (todos os paises pagariam a divida geral), a Alemanha recusou. E foi aqui que o monstro Merkel finalmente se revelou: não apenas recusou a mutualização da divida como mostrou a real insensibilidade alemã, negando ajuda e aumentando impostos a medicamentos. Ficou exposto o autoritarismo insensível de Merkel e o seu plano de lucrar com a UE. Se a Alemanha é quem mais contribui para a UE é tambem, de longe, quem mais lucra no negócio da 'coesão'. Não por acaso, a sede o Banco Central Europeu (BCE) situa-se em Frankfurt, tal como a folclórica presidente da UE, Ursula Von der Leyen, foi durante anos, funcionaria no gabinete de Merkel.
Mais: durante a 'epidemia' as fronteiras alemãs foram fechadas, com excepção para a entrada de refugiados (sic) e operários rurais vindos de paises do leste, como a Polónia, para as colheitas na Alemanha. È um cenário de escravatura subtil: como os paises de leste não tem moeda própria, ficam dependentes não apenas da divida do BCE como do trabalho na Alemanha - que precisa de desta mão-de-obra barata para repôr carências alemãs em trabalho pouco qualificado,  Como dizia Medeiros Ferreira nos anos 90: "A CEE deu universidades aos portugueses para formarem escravos de luxo para servir a Europa rica". A Alemanha, confirma a sua histórica ambição de dominar economicamente a Europa, Hitler foi apenas um peão nessa trágica saga.

4. Cenário actual

O que está agora em causa é a sobrevivência do Euro. Uma ameaça real se soubermos as consequências disso: Putin afirmou ao canal nacional austríaco que Georges Soros (um perigoso especulador financeiro que arruinou o Banco da Inglaterra, Malásia, Vietname e Japão) "está a tentar criar o euro volátil". Isto significa criar o 'euro fraco', o que se traduzirá na instabilidade de preços, salários e valor das propriedades – quando a infraestrutura europeia baixará para preços de saldo. E é aqui que entra o oportunismo de Soros comprará essa infraestrutura barata, como fez durante a queda da União Soviética, e nas crises da Argentina e Grécia. É tambem por isso que o socialista António Costa precisa da Lei das expropriações – para o estado vender posteriormente propriedade expropriada aos chineses e a escumalha como Soros.
Alem disso, ficou muito claro que que a UE não tem vida financeira própria, depende dos EUA - se os EUA aumentam os juros, o BCE aumenta os juros, se os EUA os baixam, o BCE imita. Isto torna a UE fraca, desorientada e dependente. Pior, está numa viela sem saída: a UE anunciou aumentar os juros em 2021 para repor o sistema bancário em prejuízo; no entanto o génio Trump não tenciona aumentar os juros. Ou seja, se a UE aumentar os juros, não vai conseguir competir com os EUA e entra em declínio rápido; se não aumentar os juros os bancos entram em colapso e a UE tambem entra em declinio. A UE está sem alternativa, desesperada e dependente dos EUA.
Alem disso, o Brexit está de vento em popa. Boris Johnson avisou a UE que se não houver acordo a Inglaterra avança com o Brexit. A UE esgrime argumentos mas não consegue combater a felicidade britânica, que tem a sua própria moeda já em circulação (de nome 'Diversity Build Coin), como tem reunido tratados, contratos e negócios principalmente com os paises de língua inglesa da CommonWealth. Mas Johnson está em vias de consolidar a grande e fatal cartada à UE na aliança estratégica com os EUA: neste tratado, todos os produtos exportados para os EUA por portos britânicos não pagarão impostos, logo, todos os paises europeus que exportarem para o seu principal parceiro comercial, os EUA, tenderão usar os portos britânicos e não os da UE. Mais, os portos dos paises da UE entrarão em decadência e ressurgirão duvidas profundas quanto à necessidade da existência da UE.

5. Falsas soluções.

Até hoje os bancos centrais mantiveram a população em ignorância acerca do funcionamento do sistema financeiro. Quase ninguém percebe de economia. A ignorância foi gerada como programa, para que ninguém percebesse e 'a solução' ficasse entregue aos 'especialistas', ou seja, à elite que nos quer dependentes, escravos e em conflito.
Como não foi por acaso que tanto Guterres, ONU, como Cristine Lagarde, ex-FMI e actual BCE, programavam a população, em 2018 , para o hoje clamado "Great Reset" ('o grande reinicio', termo decalcado das políticas de Mao Tse Tung na revolução cultural da China). Ao consultar-se a pagina web do World Economic Forum (que organiza o Fórum de Davos) está-nos ameaçado que o 'Great Reset' foi criado "para gerir as consequências do Covid-19 (…) lidar com as "drásticas" mudanças (…) moldar a economia, as prioridades das sociedades, natureza dos negócios e gestão de bens comuns globais (…) criando parcerias com a ONU (...) para os próximos 50 anos". Ou seja, um plano não-votado para meio século. Mao Tse Tung não faria melhor.
Nessa senda, a elite financeira está ainda empenhada em criar um sistema financeiro novo, o da moeda digital – ou seja, o fim das notas e moedas. Escravatura. É um sistema digital que já existe e é perigosíssimo: controlará cada cêntimo da vida privada de cidadãos e empresas, inclusive as suas poupanças. Por exemplo, se acontecer qualquer anomalia sistémica, os cidadãos ficam impotentes sem moedas ou notas que lhes valham. Servirá ainda para fomentar obediência e controlar dissidência política. E, mais que tudo, gerará fortunas diárias aos bancos, que cobram taxas ao fluxo de quatriliões de transacções eletrónicas diárias. Prova desta saga é o enriquecimento das telecoms  durante os confinamentos, as compras pela Internet fizeram Joseph Bezos, dono da Amazon, no recordista mundial de lucro: 14 biliões de dólares, num só simples dia.
É ainda nestes "períodos de transição'' que as elites adquirem vastas quantidades de propriedade e infraestrutura estratégica a preços de saldo, aproveitando-se da incerteza, ignorância e provável debilidade em que vivem as populações e seus governos.

6. O plano da China

A principal ameaça ao ocidente é a China. Quando os EUA de Trump começaram a cobrar os mesmos impostos que a China cobra aos EUA, o FMI e os media Tse-Tung, chamaram a isso "guerra comerciais"; quando, na verdade, Trump apenas protegeu a soberania americana da sucção e espionagem chinesa. O mesmo não acontece na fraca Europa, refém do investimento chinês: a China, dona de empresas estratégicas europeias e participante activo no capital de inúmeras organizações europeias, dita as orientações do politburo de Pequim, o seu plano de conquista do planeta para o comunismo. A Europa obedece. Entretanto a China prepara-se para a implosão da Europa, quando lhe comprará ainda mais infraestrutura estratégica, a preços de saldo, e a socorrerá com a mesma 'amigável divida' (imitação do FMI) que faculta a paises africanos em troca de votos na ONU que planeia ardentemente dominar.

8. O Futuro de Portugal

Foi Nigel Farage, mentor do Brexit, quem avisou: "em 2020 vai haver um choque económico no euro, principalmente nos paises do sul, onde crescerá o populismo". Por isso, vamos assistir em toda a Europa, à reposição do nacionalismo financeiro proteccionista mas tambem à polarização da esquerda, para mais apoios do estado, justiça social, i.e, mais impostos. No futuro breve, a reposição das moedas nacionais e a perniciosidade da China na Europa serão temas dominantes na agenda publica.
O nacionalismo português tenderá a crescer gradualmente e conflituará com as agendas autoritárias da UE/BCE, FMI e ONU, que tendem a tornar-se mais autoritárias e, por isso, perderem credibilidade.
A favor do futuro de Portugal: estão as reservas de ouro e o plano de rentabilizar a área marítima portuguesa; o exercício de uma das principais linguas universais, relações tradicionais com paises de lingua portuguesa e com futuras potencias mundiais (como os EUA e Inglaterra); universalismo civilizado deste povo habituado a resistir sob ampara da sua história quase milenar. Contra: massiva dívida e o socialismo anti-cultural; a atávica sucção do estado; infraestrutura industrial débil; assimetrias; a ainda pobreza, estagnação social e analfabetismo endémico; a fatal dependência à não eleita UE e o cantonamento no clube dos paises pobres do sul (que a Alemanha desprezará). A pior ameaça é a da vislumbrável guerra civil espanhola nos finais desta década.

Conclusão

A estagnação da Europa é um cenário que se planeia há mais de 20 anos, quando "estudos e projecções" de futuro, "previam" o crescimento da China, abrandamento dos EUA e estagnação da Europa – de facto, quem cresceu foram os EUA de Trump, e a China só prospera por infiltração na Europa, que estagnou, precisamente por essa fatal amizade.
A burocracia da UE vivia em falsa prosperidade há anos, mas o seu declínio só agora é risivelmente visível - não por acaso, os ingleses souberam sair a tempo, que lhes gerou uma poupança de mais de 50 biliões de euros em 2019. Na ultima década, a UE criou desigualdade intencional entre paises ricos e paises pobres, a solidariedade nula da Alemanha  revelou isso, como revelou também os verdadeiros interesses de Merkel para a Europa: uma zona de escoamento da produção alemã e gestão de escravidão subtil.
A Europa enfrentará crises profundas como: a baixa fertilidade e graves deficiências na reposição da cultura europeia; infiltração e influencia da China; ascenção rápida do islamismo e ameaças ao cristianismo/catolicismo; a ameaça a fronteiras por refugiados vindos de África; chantagem da Turquia (que retém emigrantes como armas humanas na fronteira com a Grécia); o caldeirão de incerteza dos saudáveis nacionalismos emergentes, que será combatido nos media. Ouviremos outros 'exits', assistiremos à reposição de moedas nacionais e à reutilização do ouro e prata como meio de transacção. Possível saída da Itália e Espanha da União Europeia, que influenciarão Portugal e Grécia, no final da década, quando se formar a União Mediterrânica (UM). Enfim, a UE está condenada, a mudança é a sua principal fatalidade.
Também assistiremos à ascenção de conflitualidade social, polarizada em extremismos de esquerda e direita, que legitimarão o reforço de forças policiais e  militares. Enquanto a Alemanha continuará a namorar o seu secreto pacto com a Rússia, de quem depende energeticamente, a NATO será cada vez mais irrelevante e o famigerado exercito europeu só servirá a França (que aguarda cenários de guerra civil na Inglaterra-Escócia e nas regiões de Espanha em finais desta década).
As temperaturas na Europa conhecerão uma variação em mais 2 graus de frio e calor até 2032, o que gerará as doenças que a 'nomenklatura' medica gerirá, catalogando-as facilmente como "Covid" ou outra invenção epidemiológica.
Outro fenómeno natural previsto para a Europa será a ocorrência de múltiplos eclipses, metáfora perfeita para o futuro que se adivinha: eclipses na Europa.

deveza.ramos@gmail.com


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