INVESTIGAÇÃO: Caos alimentar eminente


Por,
Augusto Deveza Ramos
Sociólogo



Vamos a assistir ao aumento de preços de produtos alimentares com consequências dramáticas a partir do verão deste ano: veremos revoltas de população esfomeada em todo o planeta. É um cenário que resulta de variáveis climáticas adversas mas principalmente é consequência do aumento de preços de energia e fertilizantes necessários na produção de alimentos.

1. Situação

Segundo a Food and Agriculture Organization's (FAO), o preço dos produtos alimentares no planeta aumentou de entre 20,7% a 24,5%, em apenas um ano, entre 2021 e 2022, um crescimento inédito na economia com os óleos vegetais a liderarem os aumentos. Pior, a tendência é para piorar.

Recentemente a Hungria, um dos principais exportadores de cereais (principalmente arroz) para Europa, anunciou a suspensão de exportações. E a Rússia, em resposta às sanções decretadas pelo ocidente, anuncia a suspensão de exportações de fertilizantes para a Europa e países que accionaram sanções à Rússia - esta um dos maiores exportadores de fertilizantes agrícolas, expondo assim a fragilidade do ocidente que precisa mais da Rússia do que esta do ocidente.

Segundo a FAO, a principal subida de preços ocorre no trigo, usado para o fabrico de pão e rações de animais, que atingiu uma subida de 55%. Em Portugal, um kg. de trigo num supermercado custava há três meses 0,46 €, custa hoje 0,79€, quase o dobro. E, como referido, a tendência é para piorar.

2. Futuro 'crash'

O cenário não é bonito: a Reserva Federal norte-americana anunciou que vai aumentar as taxas de juro, analogamente e como é costume, o Banco Central Europeu seguirá os seus passos. Isto significa que no caso da Europa os países serão mais reticentes em recorrer a ajuda financeira da União Europeia, forçando-os a aumentar impostos para manterem, pelo menos, activa a maquina estatal. Espera-se por isso uma recessão a partir de Junho, data em que a Reserva Federal anunciará o aumento das taxas de juro de "entre 2 a 2,4%", segundo Jerome Powell, presidente deste banco central norte-americano. Há, no entanto, um anuncio perturbador de Powell aqui, quando diz: "o aumento dos juros pode ir acima deste valor para podermos obter uma aterragem branda". Ou seja, Powell está a antecipar um 'crash' (aterragem) da economia americana, logo, como peças de dominó a economia do planeta.

Edward Dowd, analista, investidor financeiro e ex-funcionário da empresa de financiamento Black Rock, é um dos que se sincroniza com este cenário de catástrofe e alerta para a crise alimentar a partir do Verão deste ano. Esta crise alimentar consistirá em "food riots" ('revoltas alimentares') "não apenas locais mas globais, em todo o planeta", um cenário confirmado pelos seus colegas de Wall Street, revelou Dowd, em entrevista ao Infowars no inicio do Mês de Março, "haverá um aumento da inflacção nos produtos diários e uma deflacção nos mercados bolsistas".

3. Inflacção e escassez

Há a ideia que a crescente inflacção actual deriva de 'crises' e subida de preços, mas a situação é na verdade inversa: a inflacção é o resultado da anarca emissão de moeda pelo Banco Central Europeu, Reserva Federal e outros bancos centrais do mundo. Essa emissão descontrolada de moeda desvalorizou-a (porque há muito mais moeda a circular), o que fez aumentar por exemplo o preço da energia, logo aumentando o custo da produção, logo afectando o preço final dos bens que sobem no consumidor. Galketi Aratchilage da FAO explica: "os preços da energia tendem a diminuir o lucros dos produtores de alimentos, desencorajando-os do investimento e expansão". Só para dar um exemplo, um agricultor dos EUA está a pagar os adubos três vezes mais o preço do que pagava no ano passado, tudo porque os bancos centrais emitiram biliões de dólares, e euros, à toa.

Se os dados da FAO foram compilados antes do conflito na Ucrânia é inegável que a recente situação na Europa agrava a situação, mas em rigor e segundo a ONU, os preços dos alimentos em Fevereiro de 2022 eram 20,7 mais altos do que no mês análogo de 2021, devido a "padrões atmosféricos descontrolados" e às restrições sanitárias, não a nenhuma guerra, diz a ONU.

Há no entanto um impacto do conflito na Ucrânia porque este país era um dos principais celeiros do mundo, e desde Fevereiro o preço do trigo já subiu 55%. "Países que dependem fortemente da Ucrânia podem sentir fortes restrições a partir de Julho", observou Arnaud Petit, do International Grains Council, "a Rússia e a Ucrânia juntos representam um terço do fornecimento mundial de cevada e trigo". Para dar um exemplo, o Líbano depende em 60% do trigo da Ucrânia que em breve não exportará nenhum.

Os europeus, em geral, vão sofrer principalmente no abastecimento de milho que provem em 60% da Ucrânia; além disso, as colheitas mundiais de trigo e milho estão a níveis sôfregos derivado a "condições climatéricas anormais", exemplo disso é a China que anunciou a sua produção de trigo como "a pior da história" e nos EUA, 71 % da produção de trigo foi atingida por secas. Cenário de escassez anunciada.

4. Nada normal

Os óleos vegetais, principalmente o óleo de girassol, são os que mais subiram de preço: 8,5%. A seguir são os cereais, milho e trigo. Também o preço da carne subiu 1,1% e apenas o açúcar é o único produto a registar descida de preço "resultado de excedentes de produção na Índia e Tailândia". A FAO tambem prevê diminuição da produção de cereais de 790 para 775 milhões de toneladas, apesar do recorde de produção de milho no Brasil, 112 milhões de toneladas.

A China está a armazenar alimentos e conta que em meados do ano 2022, quando começar a crise alimentar, detenha 70% das reservas de milho mundiais, 60% das reservas de arroz e 51% das reservas de trigo, segundo o Gateway Pundit. Nos EUA, apesar dos esforços para minorar o cenário de escassez de cereais advindo, o preço galopante dos fertilizantes embaraça qualquer optimismo.

"Este não é concerteza um bom ano para a produção agrícola", diz Michael Snyder no The Economic Collapse, acumulando a isto está a esquizofrénica subida dos preços da energia, a sabotagem nos portos marítimos e o encerramento das condutas de petróleo por Joe Biden – a gasolina custa hoje 7 dólares por galão nos EUA, mais 5 dólares que durante a presidência Trump. Tudo isto associado a uma inflacção de 7,9% nos EUA, que era de 1,4 % no dia da tomada de posse do caótico Joe Biden, "se está à espera que as coisas voltem ao normal, deixe de esperar", conclui Snyder.

Essa é tambem a mensagem de Edward Dowd, "não desespere se de um dia para o outro perder a sua conta bancaria", procure ter varias contas e vários investimentos como em ouro e prata e até bitcoin, porque as "coisas vão ser duras nos próximos anos". É aconselhável o armazenamento de cereais como arroz, cevada, farinha de trigo e milho, para antecipar um possível racionamento, ou até escassez, destes produtos.

Conclusão

A implosão da economia tornou-se realidade incontestável. A culpa só pode ser atribuída aos bancos centrais, no caso da Europa ao Banco Central Europeu, que emitiu moeda por avulso fazendo desequilibrar os preços da energia, primeiro, e por consequência os preços em geral. Isto muito antes de qualquer caos nos portos marítimos ou conflito armado na Ucrânia. Até porque a Rússia com a irrisória divida externa de 18% mostra muito mais vitalidade e orientação do que a Europa em bicos de pé, de barro.

Estamos a assistir aquilo a que o World Economic Forum chama o 'Great Reset', a implosão controlada da economia, não para gloria da população geral, mas para restabelecimento dum novo feudalismo da elite não-eleita que por selvajaria financeira pretende gerar crises artificiais e com isso, limitar ainda mais as soberanias e os nossos direitos constitucionais, esse é o objectivo.

Por isso, prepare-se, antecipa-se a partir do verão uma crise alimentar e financeira sem precedentes históricos, com 'revoltas alimentares' mundiais e extremismos sociais inéditos, propagados não apenas pela escassez de alimentos mas pela anunciada inflamação de ciberataques, de origem sinuosa, a infraestruturas financeiras, energéticas e comunicações em todo o planeta.

deveza.ramos@gmail.com

....


Se gostou deste artigo por favor PARTILHE ANTES QUE SEJA TARDE.
Agradeço.

TODOS OS ARTIGOS DISPONÍVEIS AQUI
http://ramosblogue.blogspot.com/2021/12/todos-os-artigos-de-augusto-deveza-ramos.html

ARTIGOS FRAUDE SANITÁRIA, Vírus, fraude sanitária, fraude estatística e vacinação hostil

http://ramosblogue.blogspot.com/2021/12/fraude-sanitaria-e-vacinacao-hostil.html

Agradeço-vos profundamente terem vindo até aqui para partilharem esta informação que ajudará a libertar a humanidade.

Ao dispor,
Augusto Ramos
..........


Comentários