Por,
Augusto Ramos, Sociólogo
28 Novembro de 2018
1. Macron quer lágrimas nos franceses
Os confrontos dos coletes amarelos com a policia francesa, causaram 2 mortos e 600 feridos. São demasiadas baixas para uma manifestação aparentemente isolada. O descontentamento dos franceses não pode ser cantonado ao mero combate politico, polarizado entre a esquerda e direita. Trata-se de algo mais profundo. De uma globalização, que o governo socialista de Macron sustenta contra os interesses da maioria da população francesa. Macron não vai mais a tempo. Se ainda usa a sua rectórica populista da educação e da ecologia, Macron revelou-se incompetente com um aumento brutal de impostos e pior, demasiadas baixas numa manifestação social que se tornou numa tragedia. Macron não quer saber do povo. Macron é um ex-banqueiro, que está no poder para garantir as trajectorias de impunidade das mega corporações a operar na Europa e em França. Com apoio dos media-mafia.
O recurso da policia francesa ao gás lacrimogeneo e canhões de água não é frequente numa França em que o estado costumava temer o povo. Não é mais assim. Macron, arrogante, é cada vez mais impopular, sabe isso, mas mostra não ter medo do povo. E ataca-o, causando 600 feridos e 2 mortos. Muito grave, para uma França que se diz universalista e defensora dos direitos humanos. Talvez o seja, mas não com Macron, que quando foi eleito usou o hino da União Europeia e não o da França, para a comemoração da sua vitória.
Isto reflete uma separação real, entre uma elite globalista que defende os interesses dos globalistas super-ricos e descura os interesses dos eleitores e da população em geral. Macron não temeu aumentar os impostos gravemente, nem temeu atacar manifestantes, nem sequer temeu responsabilizar (inutilmente) Marine Le Pen pela manifestação anti impostos. Macron, que recentemente propagou a necessidade de um exercito militar europeu, está no seu habitat natural: a tirania. A tirania na França e a tirania da União Europeia.
Óbvio que a população já percebeu. E não está a ser fácil para Macron expandir a sua politica federalista. Não só porque o povo europeu e francês, está acordado para os ataques á cultura, ao povo e á soberania, como a agenda de Macron foi neutralizada desde o Brexit, mas principalmente com a previsivel eleição de Donald Trump nos EUA.
Mas os resíduos de autoritarismo e hostilidade publica, apanagio da insanidade e da esquerda, continuam, não agora como soluções politicas, mas como desespero de ratos sem canais de fuga.
O que está em causa não é apenas um mero episódio de aumento da centralização do estado, com a subida de impostos, mas provavelmente a sobrevivência da soberania francesa como união cultural. Porque o que Macron acaba de fazer - e tem feito desde a sua (agora visivelmente impopular) eleição - é dividir os franceses para uma futura guerra civil, insolúvel, que o "exército europeu" viria resolver e consolidar assim, o politburo não-eleito de Bruxelas.
Aguardemos desenvolvimentos.
2. Brexit manchado
Em Inglaterra o Brexit continua polémico. Theresa May acabou de aceitar negociações, impostas pela UE (não eleita), que torna a Inglaterra pior do que estava quando pertencia á UE. Concerteza que tais negociações ainda precisam de ir ao paralmento, para serem aprovadas. Enquanto os jornais e movimentos pro Brexit, falam de uma inveitável saída de May do governo, os conservadores manifestam-se contra o tratado imposto pela UE e a esquerda mostra-se a favor. Porque a esquerda nunca esteve a favor da soberania inglesa, porque ainda usa a velha estratégia da vitimização social, que force a Inglaterra perder soberania para poderes mundialistas, como a UE e a ONU.
Os ingleses costumam ser ser delicados com as crises e estão a evitar, principalmente do lado do Brexit, uma crise constitucional. Mas há quem fale de um cenário de pré-guerra civil. E esse é de facto o cenário. Se não houver entendimento, as diversas forças sociais ingleses vão aumentar o seu grau de polarização. Pior: com o exército de refugiados, muçulmanos, mimados pela máquina assistencialista britânica, vão tomar o lado da esquerda - que, ideologicamente, lhes paga a alimentação, habitação e os telemoveis topo-de-gama. Por isso se diz que os refugiados são um exército. O mesmo em França, em que a maioria de refugiados são homens, vão ser necessariamente forças pró- Macron num pláusivel cenario de crise civil.
O cenario inglês é denso: Joseph Paul-Watson, comentou no Infowars, que a Inglaterra será alvo de pressões financeiras na bolsa e nos mercados, se não aceitar as negociações impostas pela UE, lideradas por um simpatizante de Estaline.
O que sugere que os globalistas estão a forçar o mesmo em França e em Inglaterra: crise e guerra civil, com os refugiados como exército descontrolado, pró-mundialistas (globalistas, esquerda).
3. Ucrânia falsa.
Esta plausibilidade seria anulada se, na segunda-feira 25, Porochenko não tivesse declarado Lei Marcial na parte fronteiriça da Ucrânia. Há quem diga qu se trata apenas de uma suspensão das eleições, que Poroshenko certamente iria perder. Mas não, é mais grave. Os globalistas usaram Poroshenko para criar animosidade da Ucrânia com a Russia.
A Russia começou na Ucrania e manteve tratados coma Ucrania, desde sempre. E têm vivido em paz relativa e responsável. Mas Poroshenko foi o fantoche que os globalistas criaram em 2014, para minarem a amizade Ucrania/Russia e criarem na opinião publica internacional, um cenario de aparente conflitualidade histórica, o que é mentira. Em essência, o objectivo é impedir que a Russia crie o seu canal de gás natural, através da Ucrânia, para a europa ocidental, principlamente a Alemanha. O mesmo que tentaram fazer na Siria: impedir que a Russia construisse o seu canal de abastecimento de gás natural aos paises do medio oriente. Sabe-se no que deu.
O facto é que Poroshenko que não foi eleito, continuará a forçar um conflito entre a Ucrânia e a Russia. É um conflito artificial. Poroshenko sabe isso, Putin sabe isso, e Macron sabe isso. Mas a media - desleixada, ou comprometida, ou ambas as coisas ao mesmo tempo - vão tomar a confortável posição anti-Putin, e tentar formatar a opinião publica para a necessidade de mais guerra. Se acontecer, é mais uma distracção para a opinião publica aceitar narrativas anti Russia, anti-Putin e pró-exercito europeu.
Conclusão:
Este é o cenário pré-queda da União europeia: mudanças artificiais. Macron aumenta a hostilidade social em França; a UE aumenta a incerteza e a deconfiança em Inglaterra; e os globalistas forçam a Ucrania de Poroshenko para uma guerra com a Russia.
Se este não é um cenário de desestabilização forçada na Europa, é pelo menos um cenário que vai ser muito dificil de resolver e fazer voltar á normalidade, porque não se tratam apenas de agendas de governos soberanos isolados, são programas centralistas/globalistas que agem em sincronia, com um objectivo: minar a Europa por dentro, destrui-la e forçar a necessidade de um governo Mundial, federalista, elitista, não-democratico e não-eleito. Mas pago pelos contribuintes, pelo povo, o gado.
Deus nos ajude.
Comentários
Enviar um comentário