OPINIÂO: O Goolag da CIA



Por,
Augusto Deveza Ramos
Sociólogo



O Google é hoje o nosso quase fatal motor de busca na Internet. Trouxe-nos mais informação em quantidade e rapidez, que alguma vez ousamos poder obter. É verdade. Esse é o lado colorido do logo Google. Mas esse motor de busca é também um 'gulag', onde se discriminam e até se excluem indivíduos, grupos e ideologias sociais. E não é por acaso. Os seus financiadores militares ordenaram ao Google que se tornasse num Goolag, isto é, numa «Guerra de Informação» em que a CIA e o seu ex-director, John Brennan foram âncoras desse desastre.

1. O que é a CIA?

A CIA (Central Itelligence Agency) é tida como uma instituição para-governamental norte-americana encarregue de gerir informações relevantes aos EUA ,e uma das mais prestigiadas mundialmente. Mas é ilusão. A CIA deixou, há anos, de ser uma instituição de inteligência que protege os direitos dos norte-americanos, para se tornar numa instituição de poder e até dominação. Esta trajectória fez-se sob um plano e um nome: John Brennan, nomeado em 2013 por Obama para director da 'agência'.
Até então a CIA era uma organização de inteligência norte-americana que ancorava as suas operações na inteligência humana e em grupos sociais humanos. A tecnologia veio alterar este paradigma, não a favor dos cidadãos dos EUA, mas de um grupo, uma elite, que se arrogava no direito de neutralizar direitos humanos a favor de uma dominação global centralizada. Entre esses está o ex-director da CIA: John Brennan, nomeado por Obama para construir uma das mais hediondas e criminosas operações governamentais de sempre. Até que se saiba a verdade.

A CIA está encarregue em operações militares de informação e contra-informação a favor dos EUA. Usa técnicas de infiltração, decepção, espionagem e propaganda para atingir objectivos concretos - alegadamente, a favor do governo. Hoje, estão desclassificados (expostos ao domínio publico) documentos secretos da CIA que revelam algumas operações secretas da "agência". Entre esses está  o «Project Mockenbird» - quando a CIA usou, até há poucos anos, centenas de jornalistas para transmitir mensagens falsas do governo nos jornais, rádios e televisões, que contrariavam narrativas anti-EUA; ou o projecto «MK-Ultra», em que sob técnicas farmacológicas e hipnótico-psicológicas, a CIA treinava agentes "demasiado-especiais", para viverem vidas pacatas, mas eram assassinos ou mercenários, que no fim de hediondos actos, não se lembravam de nada e retomavam a sua vida pacata. Actualmente, uma das mais polemicas, é a operação de geo-controle, "Stratospheric Aerosol Injection", conhecida pelo publico por "Chemtrails" (rastos de fumo dos aviões), que em nome da criação de uma camada de fumo (proveniente de aviões comerciais), que neutralize os raios ultra-violetas dos sol e impeça o aquecimento da terra (e o "aquecimento global"), permite tambem manipular (aquecendo ou arrefecendo), zonas do planeta, sendo usada como arma para manipular regiões ou paises adversários.

A CIA vive hoje mais da sua reputação do que efectividade. Segundo Steve Piezenick, precisamente um ex-operacional desta 'agência', "a CIA é apenas muito boa numa coisa: vender a sua imagem, o resto são interesses políticos". E muitos dos operativos da CIA que operam hoje na instituição, fazem-no para criarem um estatuto que um dia os possa encaminhar para uma carreira de mercenários ou consultores de segurança para paises e empresas multinacionais. Na origem desta decadência da CIA esteve o seu ex-director John Brennan, que se orientou principalmente para o o controle da informação cibernética e para a criação de "soldados digitais" (hackers da CIA).


2. A trajectória de Brennan.

John Brennan nasceu em 1955 e foi educado em colégios católicos. Graduou-se em ciência política em 1977. Votou no partido comunista de Gus Hall em 1976 e justificou mais tarde que manifestava o seu descontentamento ao sistema. Serviu a CIA por 25 anos. Esteve na Arábia Saudita como chefe de analises, tendo-se convertido ao islamismo e fala fluentemente árabe. É acusado de ter, a partir de então, estabelecido ligações directas com lobies sauditas que iriam infiltrar os EUA. Dirigiu o Centro Nacional de Contraterrorismo e acabou nomeado por Obama para director da CIA em Janeiro de 2013 com quem, a partir de então, tinha reuniões diariamente.

O New York Times menciona Brennan como o mais influente chefe da CIA nos últimos 20 anos. Mas é avulsamente desprezado pela maioria dos elementos da 'agência' por ser um burocrata ambicioso, perigoso e criminoso. Enquanto director da CIA, Brennan, dedicou-se a criar um centro de 'controle de ameaças do cyber-terrorismo'. Foi criticado dentro da CIA de ter ultrapassado os seus limites, por abuso de hakers e da cyber informação, ter negado a tradicional inteligência humana e abusado dos direitos humanos.

Foi quem autorizou o uso de 'drones' para ataques militares no Paquistão, Iemen, Somália, Líbia e Afeganistão. E foi, por isso, acusado de 76 mortes colaterais com drones incluindo 8 crianças e duas mulheres. Esteve ainda envolvido em outros escândalos como a espionagem a computadores do Senado Americano, quando começou a perder confiança política. Comandou pessoalmente as famosas "kill lists" (listas de "indesejáveis", alvos a abater) da CIA.

Brennan usou sempre a Rússia como 'adversário fundamental' dos EUA, mas o objectivo era o reforço do orçamento da CIA. Trump derrubou a ilusão da 'ameaça Russa' reunindo-se com Putin em Helsínquia em 2018 enquanto Brennan teimoso, defendia ingloriamente a narrativa da interferência da Rússia nas eleições americanas de 2016, alegadamente a favor de Trump - o «Relatório Mueller», divulgou, (depois de 2 anos de audiências, investigação e vários milhões de dólares) há poucas semanas, que tais alegações eram infundadas; e o relatório é considerado por Trump mais uma operação de Brennan, e da CIA, que serviu para distrair os media e as suas «fake news». Trump comparou a direcção de Brennan, na CIA, à Alemanha Nazi.

Brennan é acusado por Steve Piezenick, ex-operativo da CIA, de ter sido o mentor do 11 de Setembro. E de ter, com a Arábia Saudita, Dubai e Israel, criado e financiado a Al-Qaeda e o ISIS. É acusado ainda de ter relações directas com lobies da Arábia Saudita e ter permitido a entrada em 1996 de uma operativa saudita, Uma Abedeen, para a administração de Obama, precisamente como secretária de Hillary Clinton. Está ainda associado ao falso assassinato de Bin Laden (o corpo nunca foi mostrado ao publico e terá sido sepultado no mar) gerado como motor de reforço da reeleição de Obama.

É visto como um dos piores directores da CIA de sempre. Principalmente pela ambição a qualquer custo e ter realizado uma ascensão política e não de mérito. Nunca foi um operacional do terreno, mas um funcionário de gabinete, que ascendeu por danças de cadeiras. È hoje consultor em 'acontecimentos mundiais' para a Kissinger Associates. Foi demitido da CIA em Janeiro de 2017.

Em Julho de 2018, o Senador Rand Paul acusou Brennan, então demitido da CIA, de estar a ganhar dinheiro com o seu «Privilegio de Segurança» (um estatuto concedido a altos funcionários administrativos, que lhes permite impunidade para efeitos de segurança nacional) por ter acesso, já como mero cidadão americano, a segredos da CIA e dos EUA. O que levou a que, logo em Agosto, Trump revogasse o seu Privilegio de Segurança - passando assim a poder ser investigado pelas autoridades dos EUA. O Presidente Trump, que o considerou num tweet como «low-life», acusou ainda Brennan de mentir, ser hostil e instável que pode levar a que segredos dos EUA possam cair nas mãos de adversários e gerar desordem e caos. Brennan desobedeceu às ordens do Presidente, com o apoio de um punhado de seguidores da CIA.

Obama usou Brennan na CIA, durante a sua administração, para espiar do seu partido opositor, os Republicanos, numa operação conhecida como «Operation Hammer» (Operação Martelo), que se pressupunha precisamente criar informação que no futuro comprometesse qualquer acção da oposição Republicana. E o esquema funcionou: desde auditorias do IRS a avulsas investigações federais, os republicanos estiveram sob fogo da CIA de Brennan, nomeado por Obama. O Martelo seria mais pesado quando Clinton fosse eleita. Mas Deus fez milagres.


3. Como o Google é criação da CIA

Uma das cerejas do bolo de Brennan era a centralização de informação e espionagem massiva a todos os cidadãos americanos e, se possível, do planeta. Mas para isso precisava do apoio da tecnologia de empresas privadas. O Google serviu para isso. O Google tem uma imagem publica de empresa 'gira', divertida, amigável, onde o utilizador pode aceder a informação nunca antes facilitada. E isso é verdade. Só que é distracção e gestão de percepção. Na verdade, o Google é uma operação militar da rede de inteligência norte-americana. Para o Dr. Nafeez Ahmed, investigador independente, e autor da tese "How the CIA made Google" (2015) este motor de pesquisa é literalmente uma rede parasita, dentro do sistema de segurança nacional dos EUA e que, ainda por cima, "lucra obscenamente com esta operação".

Esta operação foi gerada em meados dos anos 90; quando a CIA criou uma rede privada,secreta, conhecida como «Highlands Forum», que foi durante 20 anos o espaço privilegiado de "reuniões, debate e comunicação" entre a comunidade inteligente secreta e altos membros do governo americano, lideres da industria, media, finanças e tecnologia. Era uma espécie de Bilderberg ou Davos para militares - um grupo influente em matéria de tecnologia e politica, que acabou por criar uma bem sucedida rede de alta-tecnologia orientada para a guerra. A revista New Scientist reconhece a sua influência; mas o Pentágono não admite a sua existência, presume-se, por se tratar de um grupo militar anónimo e secreto.

Nestas reuniões participaram representantes de empresas conhecidas do grande publico como a eBay, PayPal, IBM, Google, Microsoft, AT&T, BBC, Disney, General Electric, Enron, numa lista infindável. Participaram ainda membros do congresso dos EUA, e notáveis de campanhas presidenciais dos Republicanos e Democratas. E segundo, o Dr. Nafeez Ahmed, tambem compareceram nestas reuniões gente influente dos media, como o Washington Post, New York Times, Herald Tribune, United Press International, Newsweek, Wired, New Yorker, Daily Beast, BBC, entre outros.

A influência do Highlands Forum era tão poderosa que ideias debatidas numa sessão, passam facilmente de fantasias a factos, em três anos. Foi deste vulcão de ideias que terá nascido o Google. Até porque antes de Sergey Brin and Larry Page se tornarem notados pela fundação do Google, a Stanford University's Computer Science Department, onde trabalhavam, já mantinha contactos e obtinha financiamento de programas da inteligência militar norte-americana. Numa sinuosa teia de contactos, aprofundada na investigação do Dr. Nafeez Ahmed, é demonstrado que o Google é o resultado de sinergias secretas entre os militares do Higlands Forum e a vanguarda da tecnologia académica; no fundo, uma operação militar sob aparência comercial, financiada e relaccionada com departamentos da inteligência militar norte-americana, mas sob a aparência de viver à custa da publicidade. Talvez seja esta sua índole militar, e não a comercial, que tenha despertado recentemente a atenção das autoridades europeias e, agora, a dos EUA.

Esta vocação militar tornou-se evidente quando o Google comprou o satélite de vigilância da CIA (usado no Iraque 2003), «Keyhole», e o transformou no famoso Google Earth;  Rob Painter, ex-ofical de operações militares especiais dos EUA, foi então nomeado em 2005, gestor do Google Earth Enterprise. E em 2007, Painter disse ao Washington Post, que o Pentágono estava a usar uma versão do Google Earth para fins militares no Iraque.  Mais evidente: em 2009, o Google assinou um acordo com a NSA em que se comprometia a fornecer informação de hardware e software dos seus utilizadores e clientes, em nome da ciber-segurança - centenas de telecoms norte-americanas fizeram o mesmo - hoje, o serviço de vigilância e espionagem da NSA aos cidadãos, é feito por empresas contratadas, como o Google (esta sinistra estratégia, mantém a NSA afastada da responsabilidade da vigilância tecnológica aos cidadãos que passa para as empresas contratadas).

Hoje, o Google é composto por ex-delegados do Higlands Forum, e ex-funcionários do Pentágono, NSA, DARPA, e CIA.


4. O controle dos cidadãos

Um dos objectivo das operações militares é monitorizar todos os recursos, humanos, físicos, militares, ambientais de uma população alvo. A internet é um recurso critico numa operação militar de analise de populações. E se as redes sociais, motores de pesquisa e até o Google Earth, fornecem ao cidadão comum, informação antes inacessível ou impensável, podem-se imaginar os mesmos recursos aplicados a necessidades militares, que serão, incomparavelmente, muito mais desenvolvidos tecnologicamente.

Neste controle das populações, os actuais alvos das inteligências governamentais não são apenas terroristas, mas potenciais terroristas, terroristas suspeitos, activistas políticos, em suma, toda a população. A aberração vai ao ponto de um simples comentário no Facebook ou Twitter ser o suficiente para se incluir numa lista de 'observação de terrorismo', apenas por palpite ou suspeita, e pode terminar numa lista de assassinatos da CIA. O objectivo é mais sinistro do que se pensa. Esta sistema de massiva vigilância, em construcção, por agências militares e empresas contratadas do Pentágono (como o Google e o Facebook), não tem apenas como objectivo o poder, mas algo muito pior: a auto-perpetuação que, segundo a propaganda, "será bom para toda a gente".

Recentemente, houve mais uma tentativa de dissertar acerca das ameaças de anónimos hackers. Dizia a propaganda que em nome de pressupostos hackers (fatalmente russos, ou anónimos, mas óbvios operativos de interesses militares-corporativos), poder-se-ia criminalizar a encriptação (fim da privacidade e das palavras-passe) para que os governos e militares pudessem ter acesso aos dados privados de qualquer cidadão, empresa de advogados ou departamento de contabilidade, por exemplo. O objectivo era suavizar a opinião publica e criar a falsa percepção de ser uma necessidade comum. Não era, nem conseguiram. Era mais um episódio na agenda da centralização de informação, em nome de fantásticas ameaças 'hackers'.


5. O Controle dos media

A estratégia de controle de comunicação interna (ou media) é fundamental. Por exemplo, para os EUA invadirem o Iraque e criarem guerra a Sadam Hussein, os media americanos e ocidentais fizeram passar a mensagem uníssona, de Bush, que Hussein teria armas de destruição massiva. A conclusão foi fatal: mais de um milhão de mortes de iraquianos e americanos sob o triste epílogo de Bush Jr. (entre hilariantes risos e copos, num jantar aos jornalistas) que afinal não havia as tais armas de destruição massiva. Quem ganhou? Não os contribuintes americanos, nem as milhares de famílias de vitimas, mas as empresas contratadas pelo Pentágono.

Durante as ultimas presidenciais de 2016, a situação foi mais drástica: Os media (quando o Google já era preponderante), concorriam num delirante uníssono para uma narrativa anti-Trump. Sabe-se como acabou e ainda hoje os media teimam em não perceber como foram enganados pela centralização de informação que lhes fornecia falsas sondagens, falsas noticias, encenação de noticias e outras falsas orientações - enquanto Trump enchia estádios. O próprio Google admitiu, mais tarde, que tinha detectado um frequência da palavra «Trump», três vezes mais que Clinton, o que indiciava uma popularidade que os media não reproduziam. O objectivo era  controlar as eleições (teme-se que as eleições de 2020 sejam ainda mais manipuladas pelos media do que nunca).

Para o investigador Nafeez Ahmed, os esforços da centralização da informação global revelam mais desespero do que demonstração de poder, por isso tendem a falhar e aceleram o seu declínio. Hoje o Google e o Facebook estão sob escrutínio de governos de varios paises europeus, principalmente em Inglaterra. Mas recentemente, a administração Trump orientou-se para uma tal profunda investigação do Google, que o Bloomberg publicou recentemente um artigo com o titulo "Google should be afraid, very afraid", antecipando a investigação da justiça norte-americana à mega empresa.

Entretanto nada parece parar o Google: está a comprar empresas suas competidoras, para aumentar o seu poder de centralização.


6. Matrix: gestão do terror e a guerra psicológica

Depois dos ataques de Charlie Hebdo em Paris, os governos ocidentais aceitaram legitimar e instalar poderes de vigilância totalitária ou de massas, e o controle da Internet, em nome do combate ao terrorismo - de facto, esses ataques aconteceram precisamente para isso. Os EUA e a Europa tem tentado violar a privacidade da Internet tentando criminalizar e remover a encriptação - que protege a privacidade de servidores e utilizadores. Uma outra ideia é criar uma parceria entre as telecoms que permita anular conteúdo que "incendeie ódio e violência" para situações "apropriadas" (sic) e com isso, anular direitos individuais fundamentais, como a liberdade de expressão. Porque o alvo da agenda militar/globalista tem sido e mantém-se: diminuir os direitos individuais inalienáveis.

Mas para isso precisa de criar um cenário. E o cenário criado tem sido desde a 'guerra ao terror', à 'guerra de informação'. Durante decadas a inteligência dos EUA e o Pentágono, criaram o mito da 'guerra ao terror', e para seu controle, a «Guerra de Informação». Para isso, invadiram constantemente populações islâmicas e estabeleceram vigilância a populações civis. Esta foi uma estratégia secreta do Pentágono criada na administração Clinton, consolidada com Bush e firmemente apoiada por Obama em 2015. Em nome desta guerra de informação e contra-informação, o Pentágono tem estabelecido parâmetros de centralização de informação e controle dos cidadãos. A qualquer custo. Um dos objectivos do controle é fazer os cidadãos aceitar a propaganda pelo uso de guerra psicológica, para objectivos de guerra de informação; a saber: vulnerabilizar os inimigos (gestão da percepção publica e individual); conformar a população (empatia com causas inúteis); desviar a atenção (entertenimento).


7. A operação na Europa

Em 16 de Novembro de 2015, a Reuters comentava que o director da CIA, John Brennan, suspeitava que os ataques da anterior sexta-feira, 13, em Paris, não seriam isolados e comenta: "estes ataques foram calculada e deliberadamente planeados" quando o jornalista pergunta "oh, como foi possível que isto acontecesse?" Brennan responde que "estes planos terroristas são 'secretos',  foi um ataque que demorou tempo a planear"; e destacou o destaca o poder cada vez maior dos 'terroristas' em "manipular tecnologia avançada". Nesta conferencia de imprensa estava dado o mote para a operação de centralização de informação na Europa, em nome do controle do terrorismo. Outras conferencias imprensa seriam dadas, sob o mesmo odor, usando a estratégia de conformismo e gestão da percepção para a opinião publica aceitar - sem debate - a centralização e controle de informação, sob o falso cenário do combate ao terrorismo.

Mas não foi pacifico. A comunidade da inteligência internacional, meios jornalísticos e políticos, colocaram muitas perguntas. Primeiro, o ataques deram-se em França, num dos paises da Europa com uma das mais fortes estruturas anti-terroristas. Segundo, se os terroristas tem tecnologia tão avançada é porque alguém muito avançado tambem as fornece (e não é a Rússia concerteza, como alegaria Brennan, é tecnologia ocidental). Terceiro, os alegados terroristas da terrível noite de Paris não foram apanhados, nem detidos; foram mortos ou desapareceram; nos meios da «inteligência» isto significa que se trata de uma 'false flag' (operação de mercenários, não terroristas, que nunca são detidos para interrogação, ou fogem ou são mortos, são pagos, sob ameaça, para não deixarem rasto). Quarto, os alegados terroristas, estavam, segundo a policia francesa, sob vigilância há anos. Para terminar, na mesma semana do ataques terroristas,o director da CIA tinha estado em Paris e tinha havido um exercício de prevenção anti-terrorista precisamente no Bataclan, onde se deu a chacina. Estas perguntas correram nos media independentes, mas nunca atingiram o âmago da imprensa comprometida.

O facto é que por entre as nuvens de informação e propaganda, a UE e a França forçaram limitações aos direitos dos franceses em nome do terrorismo, e a UE propôs-se legislação no mesmo sentido: centralização e controle de informação. Três coelhos numa cajada: reforçaram o controle de informação, limitam as liberdades individuais e a França invade a Síria, á procura dos 'malvados' terroristas, (o objectivo era remover Hassad que resistia na construcção de uma conduta de gás norte-americana que atravessaria a Síria). A França nunca aceitou fechar fronteiras a terroristas, achou mais barato (sic) fazer guerra à Síria.


10. Entra Trump

Desde que Trump ascendeu a 45º Presidente dos EUA, nunca mais se ouviu falar de terrorismo. Pelo menos, nos moldes a que quase já nos habituávamos (lembro que o mayor do 'califado' de Londres, Sadik Khan, apelava aos europeus para "se habituarem a ataques terroristas"). Trump negociou com a Arábia Saudita e Israel, certamente para que terminassem com a operação do ISIS, no Médio Oriente e na Europa. Também acabou com a invasão à Síria, (hoje um pais em reconstrucção) e onde se se dava a maior parte da infiltração ISIS/Al-Qaeda/DAESH. Mas a CIA de Brennan não desistiu, manteve a sua operação de "soldados digitais" (hackers da CIA) , e "guerra de Informação" contra a maioria do gosto da CIA e da administração americana. Desde que Trump despediu Brennan em inícios de 2017, e nomeou o general Michael Flynn, (imediatamente demitido por alegadas conexões à Rússia, segundo a CIA, claro), tem havido uma constante animosidade entre o presidente e o ex-director da 'agência'.

A estratégia da «Guerra ao Terror» tinha servido para estabelecer a operação de vigilância de massas do Pentágono. Era para ser uma longa guerra, mas Trump acabou com ela, limitando as infiltrações militares dos EUA no Medio Oriente onde o Pentágono tinha mais interesses. E despediu os mentores desta sinistra operação: John Brennan, ex-director da CIA e James Comey, ex- director do FBI. Até porque a cura do terrorismo não era melhor do que a doença: massivos impostos dos contribuintes americanos para construir um monstro de vigilância global. A Dr. Karen Kwiatowski, foi uma das operativas da CIA que denunciou a «Guerra ao Terror», 'iria custar muito mais à liberdade americana, democracia constitucional e ao sangue derramado', justificou.

Obama, os Clinton, o FBI e a CIA eram um clube privado dentro dos EUA. De facto a operação da CIA tinha tentado minar as eleições com avulsa propaganda anti-Trump (que temiam, como temem hoje). Essa propaganda era disseminada nos media de amparo mais directos, Google, Blomberg, CNN, New York Times e Washington Post, que tentavam criar exclusão, um 'gulag' a Trump. Estas empresas e a imprensa comprometida, fabricavam sondagens falsas que depois distribuía (e na pior lata, vendia) a todo o mundo sob a capa da idoneidade e isenção . A operação Google, o cyber-'Goolag' da CIA, gerava nos consumidores da Internet a ideia falsa que Trump era um ser exótico a quem não se devia respeitar. O esquema não funcionou, porque Trump ganhou contra a hostilidade programada. Mas o povo também não foi estúpido: a população americana sabia que a propaganda não era real, estavam no meio de uma guerra - Afeganistão - que lhes consumia enormes recursos e para quem os americanos trabalhavam 4 meses por ano, para financiar com impostos a guerra do Prémio Nobel da Paz, Barak Obama.

Os monstros habituados a um poder sem oposição começaram a vacilar. Hoje, Brennan, Comey, Clintons, Obama e empresas como o Google estão sob a vigilância da justiça americana e da administração Trump.


CONCLUSÂO:

Os instrumentos de controle sociais são muito subtis. Podem ser gerados por um pequeno grupo, uma organização, uma nação, ou uma organização supra-nacional. O objectivo é sempre a dominação de um grupo a outro. Ilusões que se mantém neste século XXI. Mas as ilusões não são assim tão infundadas se o objectivo é o lucro; como vimos, a guerra gera fortunas, não para os pobres soldados ou populações alvo, mas para os imbecis que as planeiam, fomentam ou apenas se conformam. Em muito para as empresas contratadas, paralelas, à sombra do folclore mediático. O Google, e outras empresas cresceram debaixo dessa ramada camuflada. Tentaram manipular a opinião publica em decisões sensíveis como as eleições presidenciais, pela discriminação e exclusão. Talvez o mesmo esteja a acontecer na Europa e em Portugal.
Mas pior tem sido o trabalho dos media dominantes, que por traição ou desleixo, teimam em não fazerem o seu trabalho e reproduzem a voz do canil dominante: a propaganda imediata, dos motores de busca. Nisto, criaram-se cidadãos infantis, dóceis e até confusos. Porque a formatação da propaganda atinge a mente, mas o espírito berra noutro sentido, o da verdade.
São fenómenos de manipulação da comunicação que geram abstenção, baixa participação publica, alheamento social e, enfim, o colapso de comunidades, sociedades e civilizações.

A guerra é o lucro pela morte. Pela decepção. O Google fez parte dessa estratégia. A guerra não se faz hoje apenas a adversários de outras nações, mas aos próprios cidadãos, como eu e você. E o Google acompanhou essa estratégia, apoiando as ambições do Pentágono e dos seus contratados. Para se perceber o que se expõe aqui: as maiores empresas contratadas para a defesa dos EUA perderam 14% dos seus empregados no fim das guerras do Iraque e do Afeganistão; mas com a «Eterna Guerra» do, e ao ISIS, estes contratados reverteram a situação e ganharam fortunas (Leidos, Lockheed Martin, Northrup Grumman e Boeing).
A guerra dá dinheiro e não é pouco. O Google busca a sua parte.


deveza.ramos@gmail.com



Comentários