OPINIÃO: 2020, ano fatal para a UE

Por,
Augusto Deveza Ramos
Sociólogo

1. Portugal

Portugal está perto da ruptura. Com uma dívida galopante e irresolúvel, o governo socialista eleito com apenas 17% dos votos não parece mostrar soluções de sustentabilidade futura do país, pelo que a dívida tende a aumentar e o estado endividador (estado) a não parar de sugar.
Com cada vez mais estado, não se auguram francas soluções para os portugueses nem para a almejada classe media, que nunca arrancará em Portugal - tributada para a sua paralisia, a classe media terá de financiar os conluios socialistas e o centralismo estéril da babel portuguesa.
Sectores de sucesso como o turismo, vinhos e azeite são luzes ténues num país quase estagnado – que só funciona por estímulo do endividamento externo. Empresas como a Jerónimo Martins mostram ascenção nos lucros, mas cada vez mais compromissos tributários com o estado. Os investidores estrangeiros são tímidos e recuam perante uma bolsa portuguesa que é incipiente, altamente tributada. Mas há uma zona social que mantém o seu sucesso: a eterna estagnação da maioria.
Com um presidente populista e desperto, Portugal revela, apesar de tudo, algumas zonas de ar fresco. Atmosfera onde concorrem os novos partidos recém-representados no parlamento, como o «Chega !» e o «Iniciativa Liberal», que vieram para denunciar o embuste e a podridão dos velhos esquemas da partidocracia, inclusive a inenarrável censura parlamentar do socialismo presumido. A maior parte dos media alinha com aquilo que considera ser o discurso dominante: o europeísmo e a massificação social. Por isso tendem a falhar e a perder a atenção que a internet veio substituir.

Com cada vez menos tempo para a profundar um assunto, os portugueses (como a maior parte dos ocidentais) informam-se em series de comédia, onde se incluem telejornais. Quando Trump foi ridicularizado, Trump ganhou, se o Brexit é "perigoso", aumenta a sua votação, se Boris Johnson "é uma dúvida para a Europa", os eleitores reforçam-lhe apoio. Esta tem sido a aventura dos media comprometidos portugueses: todas as suas ameaças, previsões e campanhas redundam no contrário. Porque deixaram de mostrar compaixão com a modo de vida da maioria dos portugueses, instrumentalizando-os apenas para as suas predadoras necessidades de resultados. O resultado está à vista: os media perderam influencia.

A abstenção voltou a crescer comparativamente nas recentes legislativas e mostrou-se campeã nas eleições europeias. Os eleitores não se galvanizam para a política, senão em franjas particulares, sob interesses particulares. Senão para os "pequenos" partidos em ascensão que cativam zonas cada vez mais específicas da população, em vez do avulso discurso de massas tradicional. Mas não há uma galvanização nacional consensual para nada, seja a soberania ou renegociação da dívida internacional, os portugueses mantém-se como meras aflições numa quinta de quem nem sabem o nome.

Com a recente infiltração de multinacionais, e processos de gestão globalistas, revelou-se uma lenta perda de direitos e a adaptação a contratos de trabalho precários. Este fenómeno, está a gerar cidadãos de 2ª classe, cada vez mais instrumentais e pouco expressivos, principalmente nas classes trabalhadoras, que servirão para tapar buracos das necessidades do sistema. A maioria não augura senão a cumprir os seus compromissos laborais e agitarem o cérebro para a melhor pensão de reforma possível, sem descurar hipóteses de vendas no OLX. Sejamos sinceros, Portugal mantém-se oxidificado em tanto centralismo, endividamento e falta de estratégia nacional.
Os números internacionais apontam o país para zonas perigosas, como um dos mais corruptos do ocidente, mais fraca capacidade de ascensão das classes pobres, uma das dívidas mais tóxicas e irresolúveis.
Até o Banco de Portugal estima uma queda na produção em troca do aumento do consumo.

2. União Europeia

A Europa atravessa momentos de forte mudança. Os nacionalismos estão saudavelmente em ascensão não apenas como instrumento de manutenção das culturas locais e soberanias, mas principalmente como forma de critica às ambições totalitárias do centralismo da UE.

A UE não mudou. Nada. Mostrou que mudou mas não mudou. A nova presidente da UE Ursula Van der Leyen, não é tão nova como a propaganda nos quer esconder. Conserva os mesmos tiques da oligarquia sumptuosamente paga da UE; com uma trajectória política no militantismo comunista, Ursula não revela nada de novo, senão a obrigatória adaptação às políticas que os partidos nacionalistas impuseram: mais soberania e menos centralismo. Seja por isso, que Leyen, promete repensar os acordos teimosos da ONU, e o seu Plano Global da Migração que força a invasão dos paises europeus por migrantes avulsos sem lei nem grei. Leyen, foi apenas forçada a adaptar a UE a um povo europeu que mostrou impor-se aos delírios do bar de Junker e votou pela soberania.
Como não houve novidade nenhuma, que a sinistra globalista do FMI, Christine La Garde, fosse nomeada para presidente do BCE. Nada que não se soubesse muito antes do falso suspense narrado pela media comprometida. Novidade nenhuma: a presidente de um banco central muda de lençóis para um sucedâneo banco central. O discurso da lavagem cerebral é o mesmo: a culpa do desastre do BCE não é o BCE,  nem das suas incompetentes elites pagas para viverem em castelos, é da "guerras comerciais" de Trump - narrativa que não convenceu ninguém.
Os nacionalismos europeus recusam as arrogâncias dos cocktails da UE, mostraram mais capacidade política do que os media nos impingiam; e finalmente fecharam o departamento de testes a que os europeus estejam sujeitos. Isto acontece principalmente na Europa de Leste, de mal lembrança pelos totalitarismos comunistas do séc. XX, onde estes paises mostram não querem voltar a ser governados por fora, e lembram à UE a quem realmente pertence a soberania.

Países como a Suécia, em pré guerra civil, como admite o seu próprio governo, estão a ser mantidos como mais uma experiência socialista: os milhares de refugiados e migrantes que a Suécia acolheu liberalmente, colocaram este país nórdico na liderança do campeonato criminal; a Suécia lidera os infames títulos de estatísticas internacionais em crime de violações e assaltos à mão armada, perpetrados precisamente por migrantes – que a ONU teima em distribuir. Em 2018, a policia sueca identificou num relatório, 162 zonas (bairros) inexpugnáveis, em que o governo não consegue entrar; são zonas em que os migrantes admitidos formaram gangues que se guerreiam uns aos outros e aos locais suecos. As ambulâncias só conseguem entrar com protecção policial, quando não são recebidas a tiro (inclusive de bazooka); por isso o governo pensa militarizar essas zonas. Só este ano, houve mais de 120 explosões em prédios e carros, principalmente em Malmö, perpetrados por migrantes, numa situação de calamidade que, admitem os liberais-socialistas-acolhedores, era previsível desde início.
Alguns analistas de tendências globais futuras, como Gerald Celente (Trends Journal), tem alertado para a possibilidade de uma crise em Espanha, em breve (que será evidentemente alargada a península ibérica.

3. BREXIT

O Brexit veio para ficar. Depois de dois anos de hesitação por falsos compromissos entre Theresa May e os oligarcas da UE, o povo terá direito a ver a sua vontade praticada. Tudo indica que Boris Johnson vai cumprir o Brexit em Janeiro de 2020. Mas não o poderá fazer sem o apoio da brilhante estratégia de Trump, um intrépido presidente que soube minar o globalismo e afastar as oligarquias que teimam em sugar os povos com mais dívida internacional e, logicamente, mais impostos.
Trump mostrou desde o inicio do seu mandato, ser um acérrimo crítico da UE; em 2017, Durante a recepção de uma reunião para debate do ambiente e destinada a presidentes de paises, Trump disse a Junker da UE, em público e na cara, que "você não merece estar aqui, porque você não é eleito"; Junker deprimiu-se e não apareceu nas reuniões.
Desde o inicio do seu mandato, o intrépido presidente soube atacar tudo o que era contrato e negociata globalista que só favoreciam oligarcas internacionais à custa dos impostos dos americanos. Um desses negócios era o TPP (um embuste que favorecia a China) e os tratados da NAFTA. O presidente Trump reviu tudo isso e renovou a atmosfera da economia norte-americana e tratados internacionais, onde se inclui agora a Inglaterra.

Trump que não tem tido o feed-back da União Europeia em abertura de mercados e outras propostas comuns (por exemplo, um carro europeu paga muito menos impostos nos EUA do que um carro americano na Europa, resultado das negociatas destes oligarcas). Esta hostilidade da UE a Trump incide numa causa; o presidente norte-americano conhece a fragilidade da UE e sabe como a minar, por isso accionou um plano com o Brexit de Boris Johnson. E o plano é brilhante: Trump prometeu aos ingleses que toda a exportação europeia para os EUA, pelos portos ingleses, estará isento de impostos, 0%; mas os produtos europeus idos para os EUA, por outras vias sofrerão taxas até 100% - em meados de Dezembro foram anunciados alguns desses produtos taxados em 100%, os whiskys escoceses, vinhos franceses e azeite espanhol - isto significa que se os industriais portugueses quiserem exportar para os EUA verão os seus produtos super-taxados, mas não se exportarem pela via dos portos ingleses, onde não lhes serão cobrados quaisqueres impostos. Isto vai fazer os paises repensarem a sua presença na UE: afinal a UE não era uma organização de oportunidade e abertura de mercados? Não é mais. A oportunidade é saírem da UE, criarem os seus «exits» e estabelecerem contratos bilaterais com os EUA e outros países, (à semelhança da prática Suíça) e não mais pela burocracia megalítica da UE.
Fim da UE, por culpa da UE.

4. Trump

Em finais de 2020 haverá eleições nos EUA. Há muitos indicadores que mostram a reeleição de Trump, mas isso não é ainda adquirido. Mesmo os ortodoxos de Wall Street, como a Goldman Sachs, reformam-se para apoiar Trump, com isso advirá mais apoio dos media. Isto, porque os EUA tem, pela primeira vez na história, um presidente que enfrentou realmente a poderosa Reserva Federal (o equivalente ao Banco de Portugal, só que privado) e fez esse banco trabalhar para os americanos, baixando as taxas de juro e criando estímulos à economia, resultado: as mais altas taxas de emprego em 60 anos, principalmente nos negros, mulheres e minorias. Trump mostra que o capitalismo é melhor que o socialismo para as minorias e mais desfavorecidos, só é preciso controlar os bancos centrais e fazê-los obedecer aos governos eleitos.

(Nota: no passado apenas Andrew Jackson, John F. Kennedy e Ronald Reagan enfrentaram a Reserva Federal, mas não sem consequências fatais: todos estes presidentes foram alvos de tentativas de assassínio, com resultados apenas no caso de Kennedy)

Sem estar consumada, a economia americana voltou a florescer, desde 2016, principalmente para o contribuinte americano, que viu os seus impostos diminuídos, rendimento aumentado e expectativas  risonhas.
Mas o plano de Trump vai mais longe: o presidente quer retirar o máximo de empresas americanas da China - se muitas voltaram porque Trump diminuiu a carga fiscal, há uma parte significativa que teima na China pelo oportunismo da mão-de-obra barata. Trump insiste em terminar com o investimento na China. Depois de 2020, o 45º presidente norte-americano quer recuperar estas ultimas empresas de volta ao solo da pátria americana; e esse será o golpe fatal à União Europeia: isto porque ao debilitar o sistema produtivo chinês, Trump vai retirar poder ao principal financiador e investidor da Europa/União Europeia, a China.
Trump afectará assim indirectamente a UE, porque a UE quis manter um poder económico artificial, sob ampara e investimento de uma China que vivia tambem artificialmente com industrialização à custa de operariado escravo e débil. Alem disso, Trump apoiará o Brexit com taxas zero, e todos os exits europeus serão certamente apoiados. A UE tem os seus dias contados mas não é novidade nenhuma, isso é augurado desde 2014, quando a divida da Europa mostrou sinais de fatalidade.
Hoje os media exalam a agenda da impugnação a Trump, uma jogada desesperada da oposição, mas é mais uma distracção para tentar reverter a narrativa dos resultados de investigações em curso aos ex-chefes do FBI e CIA, e ao ex-presidente Obama e ambos os Clintons.

5. China

O pais comunista de Xi Djiping mostra muitos sinais de debilidade. De facto, sem o apoio das empresas norte-americanas que o compadrio socialista de Obama teimou em criar, a China está perdida; Trump retirou-lhe apoio. No inicio de Dezembro de 2019, a China voltou a recorrer ao empréstimo internacional (tudo o que o FMI e outros bancos querem, mais problemas são mais dívida e lucro para os bancos). A China é um dos paises do mundo que mais acorre ao armazenamento de ouro (não vá o sistema entrar em colapso a qualquer momento); tem um problema de abastecimento de água grave (a agua é quase um privilegio); problemas de evacuação de resíduos industriais muito tóxicos e preocupantes; poluição perigosa (mas não taxada como no ocidente); insatizfação generalizada e desconfiança política; uma população totalmente domesticada com vigilância electrónica que não lembra ao demónio. A contestação de Hong Kong arruinou a imagem internacional da China e revela um sistema comunista, com 60 anos, muito próximo ou da sua ruptura ou de horrenda regeneração.
A tempestade de Trump varreu as aspirações da China e os planos dos globalistas que viam os chineses apenas como o maior mercado do mundo.

6. Conclusão

A economia mundial não mostra melhorais senão nos EUA de Trump. Os media teimam em não revelar esta evidência, mas é a realidade. A dívida internacional é massiva e irresolúvel. Por culpa deste sistema de bancos centrais que criam crises para gerarem endividamento aos países (como Portugal).
A ONU não ajuda. Teimosa, criou agendas internacionais como a «Agenda XXI», «Agenda 2030» e o «Plano Global da Migração» que pretende criar caos no planeta com migração avulsa e forçada, sob taxas internacionais aos países "poluentes" (excepto a China, claro!).
Trump acabou com essas vertigens globalistas; não apenas não assinando nada com a ONU, como atacando o sistema de bancos centrais e o seu financiamento artificial (o presidente norte-americano pretende repor o sistema de padrão-ouro sobre o actual, que emite moeda sem controle e gera crises e dívida artificialmente).
Muitos foram os que esperaram um colapso da economia que, de facto, estava planeado durante o mandato da presumida eleição de Hillary Clinton. Trump inverteu a tendência: recuperou a economia dos EUA e ajudou a estancar e a combater os causadores da vertiginosa dívida internacional: os bancos centrais. Dói aos globalistas, instalados na feudalista União Europeia, mas não mais aos contribuintes norte-americanos (e um dia aos europeus, esperemos).

A terminar, eis um fenómeno que tem passado despercebido à maioria dos cidadãos, o da estranha demissão e despedimento de CEO's (Chief Executive of Organization; Directores de empresas), que está a gerar uma particular atenção nos meios mais vigilantes da economia; o ano de 2019 foi fatal, em Outubro apenas foram registados mais de 120 demissões ou despedimentos. Estes CEO's referem-se a empresas mundiais, proeminentes, como a cinéfila Warner Brothers. Será este fenómeno um indicador da recessão da economia, uma falência do sistema globalista, ou algo que ainda não sabemos antever?
Só ano 2020 nos poderá revelar.

deveza.ramos@gmail.com

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